O maior pedido é o sim. E o
segundo maior, o “talvez”. A pesquisa dos torcedores nas redes sociais mostra
que, de fato, chegou a estação de mudar o foco e olhar para o extra campo. Parece
um pouco tarde, é claro, já que um futebol levado a sério durante o ano inteiro
é novidade pelos lados do Aldo Dapuzzo. E é assim mesmo que começamos: como é
bom ver o Leão em campo em pleno mês de Outubro! Embora apenas uma ressalva
diante desta introdução que busca preparar o leitor para a chuva que vêm a seguir,
é impossível deixar de vibrar. Agora ponha a sua capa e pule para o próximo
parágrafo.
Como o próprio Presidente diz, é
melhor trabalharmos com fatos e dados. Seguindo essa linha de raciocínio,
esquecemos os boatos de insatisfações internas no clube e as más intenções do
popular grupo de parasitas que ronda a Linha do Parque sempre que o interesse
geral é maior que o pessoal. Por vezes anônimos, por outras nem tanto. A
intenção aqui é analisar o resultado. Muito além das 11 vitórias e dos 34 gols
marcados, mas também a aprovação e conquista dos jogadores, junto a linha
crescente no número de sócios.
No início da caminhada, a
incerteza era realidade. O grupo de transição virou chapa oficial e a eleição
foi favorável à renovação. O primeiro passo para a mudança começava com as boas
heranças: algumas já existentes, outras em trâmite junto à antiga diretoria.
Sim, é claro que falo de Domingos Escovar. Indiretamente, Vítor Magalhães foi
ajudado através das melhorias criadas pelo presidente passado. Inclusive, durante
o ano, este foi inúmeras vezes elogiado pelo atual mandatário do clube. Foi de
lá que surgiu, em meio ao fraco poder financeiro, um garimpeiro de atletas bons
e baratos: este é Renan Mobarack. Um diretor de futebol comprometido. Contagem
regressiva; dada a largada.
Primeiro semestre, Gauchão.
Apenas Gauchão. A luta contra o rebaixamento era disparada pela mídia como o
maior objetivo do São Paulo. Hélio Vieira chegou e um perfil foi definido. “A
partir de agora, o Rubro Verde tem uma cara” eram as palavras de uma diretoria focada
na identidade do clube e de sua torcida. E sim, o Sampa é vencedor! A comissão
escolheu os Leões, a torcida quebrou barreiras, protagonizou verdadeiras
invasões e a Série D virou realidade. Derrubando o Grêmio em casa e intimidando
o Inter em pleno Beira-Rio, o Rubro Verde cumpriu a verdadeira missão que o
clube adotara no começo de Janeiro para buscar sucesso durante o Estadual. Sim,
senhoras e senhores, 34 anos depois, Rio Grande pôde ver uma partida de futebol
válida por um Campeonato Nacional. E o rebaixamento ficou distante. O Estado
viu o São Paulo nas quartas de final.
Os bons resultados frente à dupla
mostravam que, era possível buscar o protagonismo na competição que batia à
porta. Com o time reforçado, e duas vitórias de largada, Tiago Nunes prometia
uma revolução no modelo de jogo. Com o contrário em execução e a
desclassificação logo na primeira fase, nem mesmo a Copinha serviu de consolo.
Técnico demitido. A atitude da diretoria resultou na contratação de alguém mais
simples e dedicado no objetivo de aproveitar a oportunidade. O final não foi
dos melhores, mas a apatia foi embora. Vimos ação, e não omissão.
Lucas dos Santos Martins
Parabéns pelo texto Lucas....
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