“O Beira-Rio virou o Dapuzzão” foi o grito da torcida após empate por
1x1 que levou a alma rubro-verde à Capital Riograndense.
A comoção da semana inteira valeu
a pena e foi refletida na presença de campo da torcida, e dos jogadores. Neste
domingo, o São Paulo teve um grande desafio em Porto Alegre pela nona rodada do
Gauchão e respondeu positivamente. Levou para campo a carga de duas derrotas
consecutivas e uma desacreditada missão de parar o todo poderoso Celeiro de
Ases, com a juventude predominando a escalação. Porém, um de seus melhores
agentes não estava disponível para buscar o objetivo. Sem Julio Abu, o poder
ofensivo era menor, mas o Leão soube superar.
Desde o início, as duas equipes
mantiveram suas posturas de maneira disciplinada. O Internacional comandava as
ações e o São Paulo era agressivo com duas linhas de quatro e bastante
amplitude na marcação. Porém, logo aos seis minutos, o chute de Vitinho desviou
na defesa e sobrou para Eduardo Sasha, inteligente ao se movimentar na projeção
do rebote, marcar o primeiro. A reclamação em cima da assistente Luiza Reis não
procedeu após a confirmação de posição legal do atacante colorado.
Normalmente, o São Paulo começou
a ter suas primeiras oportunidades de trocar passes, mas sem sucesso na busca
por espaço. O Inter, por sua vez, era mortal nos contra ataques, mas pecava nas
finalizações. Foram duas chegadas e nenhum chute na direção do gol defendido
por Deivity, não muito exigido durante os 90 minutos. O destaque da partida
vestia vermelho e branco: Fabinho foi a surpresa positiva pelo lado do Inter,
atuante em todos os setores do campo, quem diga, à lá Yaya Touré – volante
costa marfinense do inglês Manchester City.
No segundo tempo, o
posicionamento dos jogadores colorados foi se modificando, com Artur “espetado”
pelo lado esquerdo, em uma virtude do técnico Argel Fucks para cansar a linha
de frente Rubro Verde. Ciente disso, Helio Vieira tirou Athos e Rafael Pilões,
para colocar Guto e Diego Sapata. Já o Inter, aproveitou a chance e pôs Alex no
lugar de Andrigo, para qualificar o passe final e tentar matar a partida.
Porém, quem teve a chance e aproveitou com maestria foi o São Paulo. Aos 29
minutos, após bola mal afastada, Romano teve liberdade pela esquerda e tabelou
com Guto Dresch, que driblou o marcador e devolveu para o lateral. Ele fez fila
e cruzou na cabeça de Cidinho, bem colocado, explodir a ferradura, digo, a
superior do Beira Rio e correr pro abraço.
O empate fez Argel agir,
colocando o atacante Marquinhos no lugar do lateral William. Faíska reforçou o
meio campo do Leão entrando no lugar de Thiago Correa. Foi aí que o lance mais
bonito da partida saiu dos pés colorados provenientes da Linha do Parque.
Fabinho começou a jogada com um chapéu em Romano, pedalou pra cima da cobertura
e cruzou rasteiro e Ele recebeu. Você já sabe de quem estou falando. Aylon
tratou com carinho a bola, e os torcedores, tanto colorados, quanto
rubro-verdes. Aylon tratou com carinho os olhos de Deivity, que viu de perto a
bicicleta do atacante parar na trave e, caprichosamente, passar às suas costas,
em frente a linha do gol, terminando no alívio de Fernando Pinto. Já era hora
de terminar. Fim de jogo: Internacional 1, São Paulo de Rio Grande, de Veranópolis,
de Erechim, de Porto Alegre... também 1.
Com o resultado, São Paulo e
Internacional permanecem na quarta e quinta posição, respectivamente. O próximo
duelo do Leão é no próximo final de semana, em casa, contra o Passo Fundo.
Chegou a hora de mostrar pra todos que o São Paulo escolheu crescer. Pegue sua
camisa, vá ao estádio e prepare seus pés para permanecer de pé os 90 minutos,
cantando e incentivando o representante Riograndino na elite do Futebol Gaúcho.
Lucas dos Santos
Martins
Graduando em Jornalismo
Universidade Federal de Pelotas
Graduando em Jornalismo
Universidade Federal de Pelotas
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