sábado, 11 de abril de 2015

Sob tensão em Rio Grande, Xavante e Inter ficam no empate

Neste sábado, 11, Brasil de Pelotas e Internacional disputaram a partida de ida da primeira semifinal do Gauchão 2015. O resultado terminou empatado em 1x1 e o clima hostil foi predominante no Aldo Dapuzzo.

Mais uma vez, torcida Rubro Negra lotou o Aldo Dapuzzo.

Intensidade: assim se resume a partida entre Brasil de Pelotas e Internacional. Como esperado – e repetido , a torcida Xavante lotou o Aldo Dapuzzo, torcedores acamparam próximo ao estádio e desde a abertura dos portões, às 14hrs, o fluxo de entrada no estádio era constante. Em alguns minutos, a chegada da delegação Xavante no ônibus da equipe, deu início aos trabalhos em Rio Grande.

A hora da partida se aproximava e as equipes entravam para o aquecimento. Também marcando presença, os colorados da região saudavam sua equipe. Exatamente às 16 horas e já com o estádio praticamente lotado, Anderson Daronco autorizou o início da partida, que já começava em ritmo acelerado. Logo com três minutos, o Xavante assustava em duas oportunidades. Em seguida, Cirillo preocupou a torcida com uma queda de costas, porém voltou logo em seguida.

Primeiro tempo foi marcado por confusões em campo.
Com a pressão inicial, o Internacional conseguiu o equilíbrio da partida e o talento individual de Valdívia começou a aparecer, Em primeiro lance, cavou falta pelo lado direito e Eduardo Martini espalmou a cobrança de Alex. Em outra falta, dessa vez em Rafael Moura, Nilton obrigou o goleiro Xavante a fazer a primeira grande defesa da partida, após chute forte. Assim, as bolas paradas se desenhavam como marca na partida. Aos 25, Valdívia carimbou a trave do Brasil em cobrança colocada.

Como não poderia ser diferente, o time de Pelotas deu a resposta e arrancou suspiros de seu torcedor: após cruzamento no limite da linha de fundo, Nena desviou na primeira trave e Alex Amado chegou com milésimos de atraso que custaram a abertura do placar. Sem lances perigosos até os final do tempo regulamentar, Daronco pediu três minutos de acréscimo. Foi aí que o Internacional usou de uma arma fundamental: a bola aérea. Mais uma vez, Valdívia venceu Rafael Forster pelo lado direito do Colorado e sofreu falta: na cobrança, o meia colorado achou Rafael Moura que cabeceou com perfeição para o fundo das redes. Fim de primeiro tempo: Brasil 0, Inter 1.

Chegou o intervalo e a incerteza de quando o mesmo acabaria tomava conta do Aldo Dapuzzo. Cenas de guerra foram presenciadas por parte da torcida local. Tudo começou quando torcedores rubro negros e colorados saíram das provocações e passaram a arremessar objetos uns nos outros. Assim, a tropa de choque da Brigada Militar teve de interferir. Sem recuo dos Xavantes, o uso da força foi necessário para manter o controle, apesar do excesso de alguns policiais. Spray de pimenta e duas bombas de efeito moral também fizeram parte do cenário. Com o retorno de jogadores e da arbitragem, todas as atenções eram voltadas para as arquibancadas e Anderson Daronco decidiu esperar a baixa dos ânimos. Sem alteração, o técnico Rogério Zimmermann e o capitão Leandro Leite se deslocaram até o alambrado e solicitaram calma por parte de sua torcida. Como se não bastasse, uma torcedora precisou ser deslocada para o hospital mais próximo e, sem ambulância, o tempo de paralisação totalizou 45 minutos, meia hora a mais que o normal.

Rafael Forster se manteve como o dono das bolas paradas.
Com a situação regulamentada, deu-se início ao segundo tempo que começou com pressão rubro negra. Já aos 30 segundos, Diogo Oliveira bateu de trivela e obrigou Alisson a praticar o primeiro milagre da partida. Três minutos depois, em cobrança de escanteio, Gustavo Papa – substituto de Nena após o intervalo – finalizou de cabeça e  obrigou o goleiro de Inter a se contorcer duas vezes para impedir o gol, contando com a ajuda da trave. No rebote, Cirillo simulou pênalti e foi punido com cartão amarelo, assim como Brock que peitou o juiz. Desde então, até a metade, a partida foi marcada por lances de pouca habilidade e algumas substituições: pelo Inter, Valdívia e Rafael Moura deram lugar a Anderson e Lisandro López; já no Brasil, Galiardo substituiu Felipe Garcia para qualificar os passes no meio de campo do Rubro Negro.

Com a manutenção da posse de bola garantida, o Brasil de Pelotas amadurecia seu gol deu empate. Assim, ele veio aos 36 minutos: Diogo Oliveira foi derrubado na área por Geferson que havia entrado no lugar de Alex; Rafael Forster cobrou forte, no ângulo esquerdo, deslocando Alisson. O Xavante estava recompensado e a torcida, inflamada novamente. Ao som dos cânticos, Alex Amado chutava cruzado de dentro da área para mostrar que o Rubro Negro não estava satisfeito com o empate, porém a última chance veio com o autor do gol, que carimbou a barreira em cobrança de falta. Fim de jogo, 1 a 1 e nada definido para Porto Alegre.

Com o empate, o Brasil de Pelotas sagrou-se bicampeão do Interior Gaúcho – podendo perder o posto se classificado para a final do campeonato. A partida de volta no estádio Beira Rio está marcada para o próximo domingo, 19, em Porto Alegre, ainda em horário indefinido.

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Lucas dos Santos Martins
Graduando de Jornalismo
Universidade Federal de Pelotas

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