O final de semana derrubou os últimos dois representantes do interior Gaúcho no campeonato estadual. Pelo lado Rubro Negro, o Brasil foi derrotado por 3x1 diante do Inter; já o Juventude assustou o Grêmio, mas perdeu por 2x1. Com os resultados das partidas em Porto Alegre, o Xavante garantiu o bicampeonato do Interior.
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Torcida Xavante se fez presente no estádio Beira Rio. (Créditos: Flávio Neves) |
A esperança que restava de ter uma - ou duas - equipes do interior na final do Gauchão 2015 foi toda por água abaixo no último sábado e domingo. Após partidas em Porto Alegre, Juventude e Brasil de Pelotas foram ambos derrotados pela dupla Gre-Nal, respectivamente. Com placares apertados e partidas disputadas nas zonas de ataque, a palavra vontade não pode se fazer ausente em crônicas sobre as partidas e muito menos em informativos.
Os jogos:
O Juventude chegou à Capital com um resultado contrário de valor mínimo. Após perder em casa pelo placar de 1x0, entrou no gramado da Arena da OAS precisando balançar a rede uma única vez para igualar a situação de 1 gol fora de seus domínios. Qualquer vitória por diferença mínima, mas placares mais quantitativos, classificava a equipe de Caxias do Sul. Mesmo desfavorável nos números, o Ju manteve sua proposta de jogo baseada no contra ataque e, no sábado, quem ditou o ritmo da partida foi o Tricolor.
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Douglas comemora gol do Juventude. Uniforme "amuleto" foi usado. (Créditos na imagem) |
Apesar da retranca formada do time alviverde, Giuliano não tomou conhecimento dos defensores e, após driblar três deles, assistiu Luan que marcou o primeiro gol da partida: Grêmio 1x0. Mesmo com a derrota parcial, o Ju não mudou de postura, porém conseguiu o empate ainda na primeira etapa, no primeiro ataque desde o início de jogo. Em jogada iniciada por Alan Schons, Rogerinho cruzou para seu companheiro de ataque, Douglas, que venceu Geromel e marcou o tento de empate para o Juventude: 1x1. Assim, finalizou-se a primeira etapa da partida e um único gol do time de Caxias do Sul, classificava-o para a final do campeonato.
A partir do início do segundo tempo, o Juventude cresceu no jogo e tomou coragem de buscar o empate. Porém, suas tentativas foram fracassadas e o retorno veio com Pedro Geromel: o zagueiro gremista completou cruzamento de escanteio da esquerda e marcou, decidindo mais uma vez a favor do Grêmio: 2x1 para os mandantes. Mesmo com a entrada do ícone alviverde Zulu, os visitantes não conseguiram reagir ao "balde de água fria" ao qual foi exposto e a eliminação foi decretada ao apito final: Grêmio 2, Juventude 1.
Já o Brasil de Pelotas estava em uma situação menos desfavorável, porém a dificuldade era tão grande quanto. Na primeira partida, em Rio Grande, placar de 1x1 e a única vantagem do Internacional era o gol marcado fora de casa. Diferentemente do Juventude, o Xavante poderia se classificar com o empate, mas precisaria marcar, no mínimo, dois gols. Também defensivo, mas audacioso, o Rubro Negro pisou no gramado do Beira Rio com cautela diante do time misto do Colorado.
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Márcio Jonatan comemora gol contra o Internacional. (Créditos: RBS TV/Globoesporte.com) |
Embora o Brasil assustasse, as melhores chances da primeira etapa foram do lado vermelho. Eduardo Martini trabalhou bastante e Alex Amado era o responsável pelas chegadas mais fortes do Brasil, porém sem grandes resultados e trabalho para Alisson. Morno, o primeiro tempo terminou sem alterações no placar. Com a chegada do segundo, o Xavante assustou a meta do mandante, porém não demorou para sofrer o primeiro gol: Valdívia lançou Alex, o goleiro não saiu e quando decidiu agir, foi encoberto pelo camisa 12: Inter 1x0. Em 5 minutos, Valdívia ampliou de fora da área e quem fechou o placar pro Internacional foi Rafael Moura, após cruzamento da direita.
Praticamente eliminado, o Xavante ainda foi atrás do gol de honra. Em cobrança de falta da intermediária, Rafael Forster encontrou Márcio Jonatan que concluiu antecipando-se ao goleiro Alisson. Mesmo com o apito final, a torcida Rubro Negra pôde comemorar o bicampeonato do Interior e, como fez durante toda partida, cantou alto, ecoando seus cânticos em mais um grande estádio usado na Copa do Mundo – o outro havia sido o Maracanã, em partida contra o Flamengo pela Copa do Brasil.
Lucas dos Santos Martins
Graduando de Jornalismo
Universidade Federal de Pelotas
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